quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Como se não bastasse...


Por; Ítalo Leonardo
17-02-2011







Como se não bastasse o pouco que sempre pude ter...
Eis que fico sem a poesia... minha vida está despedaçada... não sou mais capaz nem de um quarteto!

Não há mais luz no fim do túnel, nem túnel. Não há mais sombras, nem sobras...

Não há mais nada, a não ser um copo vazio, nem me embriagar posso mais!
Não há mais luto, não ouço choros, não vejo crianças correndo, nem ouço tiros.

Não sou mais capaz nem de uma lágrima!
Nem o último suspiro eu tenho direito a dar... então é assim que será o fim? Um vazio precedendo ao vazio, e pronto?

Sem direito a grito, murmúrio, lamento... sem direito a urna ou lápide... nem aumenos um: “Aqui jaz um idiota, utópico sonhador!”

E o que fazer com tudo que fiz?

Com as vezes que não roubei?
Com as vezes que não traí?
Com as vezes que não levantei falso testemunho?
O que fazer com as vezes que não cobicei as coisas do outro?

Talvez fosse tudo ao inverso e eu é que tenha entendido errado.

E como se não bastasse o pouco, ou o nada que tenho...
Eis que fico sem a minha poesia... estou em pedaços!

Um comentário:

Aimée Dantas Torres disse...

Oi querido!

Como vc me pareceu triste hoje! Estava sentindo falta de seus escritos. Escrever é sim o máximo...

Bjinhos!