segunda-feira, maio 16, 2005

COMO DIZER QUEM SOU?

Entender o mundo!
Será que eu serei capaz de "cometer" esta façanha algum dia?
Contudo, sigo vivendo, eu e meus insanos questionamentos.
E quem sabe seja mais fácil "desutopisar" esta utopia, tentando entender a mim próprio, tarefa esta, que talvez, seja mais difícil que tentar entender o mundo, talvez por ser sempre um pouco constrangedor "rotular" a si próprio. Arrumar adjetivações que expressem sua magnitude até que é fácil. O difícil é descrever suas imperfeições, falar de sí próprio com isenção. Contudo tentarei o fazer.

Sou Capixaba, mais precisamente de Guaçuí e tenho sorte disto (Cidade Bonita/Clima Maravilho/Boa Gente), situada no extremo Sul do Estado do Espírito Santo, "coladinha" no Parque Nacional do Caparaó (Pico da Bandeira), que por sinal pertence ao ES e não a MG como muitos pensam.

Já gostei muito de dormir até tarde, contudo, hoje não consigo passar das seis e meia da manhã (nem nos fins de semana, que é quando posso me dar este luxo); quando me olho (e isso eu faço com freqüência), não percebo uma pessoa simples, talvez, ninguém seja!
Determinado; sou sim! (bem, pelo menos é o que eu acho) - "Nesta vida, fui várias vezes para o inferno", por muitos motivos diferentes, até mesmo burrice, mas tenho sorte e muita garra também – sei onde quero chegar. Portanto, sonhador nato e mais realista a cada dia; cauteloso quando tenho que ser sincero com alguém, pois ouvi um dia, "que a sinceridade caminha muito próximo a falta de educação e a deselegância"; acredito que cada lágrima que derramamos nesta vida, contribui para que sejamos pessoas melhores no futuro. "Se chorarmos por ter perdido o sol, as lágrimas nos impedirão de ver as estrelas do céu" - disse o filósofo.

Hoje estou cursando Administração de Empresas na FAESA, já era para eu ter me formado junto com os meus amigos lá da UVV de Guaçuí, mas antes disso a vida quis me dar umas lições meio duras. Acho que aprendi! Não sei até que ponto é bom aprender quebrando a cara, mas que se aprende, aprende (e disto eu sei bem, senti na pele). Minha intenção seria me especialize em Administração Pública (Gestão de Cidades), uma vez que sempre trabalhei na área publica e gosto muito de políticas publicas, embora, ás vezes ela me faça raiva, penso em lecionar também. E digo "seria", porque no inicio do próximo semestre irei mudar de curso; algo que esteja mais próximo de minha personalidade - Rádio e TV. Assim é a vida, tentativas e erros; acertos também, porque não!?!?!!?!?!?

Viciado em ler, escrever, gosto de brincar com as palavras, transforma-las em poesias (minha grande paixão), gosto de brincar com as formas e com a cores - pintar uma tela (a melhor terapia), gosto de lembrar do passado, sem me apegar a ele é claro, o passado tem muito a nos ensinar. Já fiz muitos planos pro futuro, mas não faz muito tempo que percebi que o futuro é agora.

Sou um projeto de Poeta que sonha em ser Filósofo, é metido a artista plástico, da uma de Psicólogo, mas, sabe-se lá porquê, cursa Administração de Empresas. Da vida não sei nada, ou quem sabe, não mais que uma parte infimamente pequena desta que dizem ser uma dádiva divina. Contudo, sigo "vivendo e aprendendo" que a vida é extremamente complicada e muito simples ao mesmo tempo.

Ontem meu professor de psicologia, que é literalmente um "auê", disse em uma de suas aulas, na minha turma, o que é "Gestalt", daí descobri que tenho muitas destas tais coisinhas, abertas em minha, ainda breve vida. E não pensem que pelo fato de agora eu ter ciência de que elas existem, torne fácil o seu "fechamento", pois não torna.
E de pensar que perdemos tanto tempo tentando entender os outros, quando na realidade, deveríamos assumir a custosa tarefa de tentar entender a nós mesmos, e quem sabe depois disto, não precisaríamos tentar entender mais nada, nem ninguém.
A verdade é que esta mistura insana de Poeta por alto aclamação, de Filósofo por ilusão, de artista plástico por puro convencimento e de Psicólogo sabe-se lá por qual razão, pode até ter alguma valia para quem não consegue exercer tarefas consideradas pela massa; "verdadeiramente úteis"; contudo, estes "loucos" por assim dizer, sempre foram de certa forma, portadores de benfeitorias para a sociedade, isso é, até que a televisão, com seus filmes e telenovelas estragaram tudo, fazendo com que o útil se tornasse inútil e o inútil, útil.

Quem sabe, foi daí que surgiram os primeiros fantasmas, que a cada dia viriam povoar mais e mais a vida de cada um de nós, banindo o "simples" e instituindo o "complicado".
E este fantasma que me aflige, é o mesmo que tem assombrado a muitos que notam sua incômoda presença e por isso, assim como eu, se debatem de alguma forma, é também o mesmo que tem atingido outros tantos, que nem sequer se dão conta de sua torpe existência.
E a aflição que este fantasma traz, para mim e para todos que notam sua existência, é a aflição causada pela tentativa de implantar em nós, este modelo de vida, extraído da insanidade daqueles que se aproveitam do sono lento e pesado dos "outros tantos", que sabemos, são muitos, mas quantos?

Este fantasma que me aflige, é o mesmo que vive se aproveitando da alienação daqueles que dormem e se utiliza de datas e outros artifícios mais, para vender coisas preciosíssimas como amor; banalizando assim, o que não devia e tornando sem significado, coisas tão significativas.
Às vezes o pessimismo cai como uma bigorna na minha cabeça, mas não esmoreço (logo levanto), pois é preciso "combater o bom combate". Então, apesar de em alguns momentos eu me sentir um tanto melancólico (mas é só de vez em quando), apesar destes momentos em que me "convenço" de que não dá mais, e digo em voz alta, lá no fundo de meus pensamentos: - "Chega, não dá mais, eu desisto!"

Apesar disto tudo, não sou infeliz e nem carrego aquela tal bigorna na cabeça, muito pelo contrario, vivo a vida com muita intensidade.
Mas graças a Deus, estes não tão raros momentos, não são verdadeiramente reais e nem expressam minha média de humor e animo, então sigo em frente com este "show da vida real", "suportando o insuportável" e destilando os momentos afim de obter no fim de tudo, momentos verdadeiramente bons.

Amo de paixão o inverno, adoro o clima frio e com uma intensidade, senão igual, maior, amo a noite e a lua, minhas duas companheiras inseparáveis com quem passo horas e horas conversando, confidenciando meus segredos e acreditem, elas me respondem!
E diga-se de passagem, eu até às entendo melhor do que à muitos com quem convivo.
Incorrigivelmente romântico, no entanto ainda não encontrei minha alma gêmea, mas creio que já passei bem perto, tenho muito a aprender sobre isso ainda. Portando, AMO - e guando amo exagero (isso geralmente estraga tudo), gostaria de não escrever essa frase no passado, mas diante dos fatos ocorridos digo: - Acreditava nas pessoas e no amor que tive (agora, fico sempre com o pé atrás), hoje, acredito em "MIM", no meu trabalho, no meu futuro e que todos são maus, até que provem o contrario.

E assim eu sigo, a procura de muitas coisas e dentre elas, minha alma gêmea, que de vez em quando aparece na minha vida, mas geralmente não dura.

Por que?

Boa pergunta!!!

Existem pessoas que gostam de nós e se tornam nossos amigos (aves raras eu diria), há também aqueles que nos suportam, estes tentam nos derrubar - numa batalha velada, é claro; afinal, estamos na era da diplomacia!

Tenho grandes amigos, de longas datas, com muitos deles, mantenho contato constantemente, com outros tenho contato de tempos em tempos, contudo, considero todos do fundo do coração, sobre estes mais "desgarrados", estamos sempre assuntando com aqueles mais próximos, afim de saber como estão; amigos se preocupam com amigos. Gosto muito dos meus amigos, talvez poucos saibam de fato a dimensão do quanto! ("A amizade é como títulos honoríficos, quanto mais velhos, mais preciosos." Paulo Vergane).

São muitas as vezes em que dou um abraço apertado na vida, afim de sentir sua temperatura e o ritmo de sua respiração e com isso, aproveito para olhar sobre seus ombros e observar o que ficou para traz, para que eu possa ter parâmetros e a partir de meus tropeços e acertos passados, ter um extrato que me permita calcular melhor meus próximos passos, afim de errar menos a cada dia.

Bem, espero ser capaz desta façanha!
Como todos, nesta louca jornada denominada vida, sempre procuro razões para o que faço, o que não significa que às encontro sempre e sendo assim, talvez eu possa afirmar que desconheço tantas razões ou até mesmo, quem sabe, quase todas elas. "Liberte-se e você será muito mais do que jamais sonhou ser".

Contudo, quando me lembro dessa frase de que gosto muito, me pergunto o por quê desta busca pela razão, uma vez que poderíamos nos envolver tão somente com aquilo que nos desperta "prazer", que nos "seduz", permitindo assim, que nossa mente enlouqueça (no bom sentido) e tenha o delírio mais lúcido que alguém pode ter, banalizando então a tal da razão. Imitemos as crianças!!!

Sou muito teimoso e isso às vezes me tira do sério, é certo que esta mesma teimosia já me premiou muitas vezes, mas também já me deu tanta cacetada!
É verdadeiramente um dilema, eu nunca sei quando ainda é possível reestabilizar a aeronave ou quando é necessário que eu ejete a cadeira deste "Mig" que piloto.

Apegado a ideais, que honestamente, eu não sei se construí ou construíram em mim; lutei contra mundos, peitei autoridades, fiz, desfiz e esbravejei "desse tanto", enfim, provoquei um imenso desgaste em meu "altivo espírito", por ser o único a crer em uma verdade, que talvez, nem fosse tão verdade assim. Acordar deste delírio é horrível; o gosto de fel que causa a derrota!!!
E por falar nisso, acabo de me lembrar do primeiro dia em que de fato chorei; um choro cuja as lágrimas pareciam carregar consigo tudo de bom que havia em mim, era um choro que doía muito, que me sufocava tanto. Tudo porque você se foi, assim de repente, deixando em minha alma um vazio enorme, que não foi e nem jamais será preenchido e que eu, infelizmente, tenho que aceitar e aprender a conviver.


Minha família é meu grande tesouro!

UTOPIA e tudo aquilo que sonhamos e não movemos nenhuma palha para realizar, "tudo é impassível até que alguém faça."

"Longe é um lugar que não existe." "Fica sempre um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas."
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